quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Coisa de menino.
Deixou-lhe um bilhete na porta de entrada
- (Im)preciso de você.
E ela olhou para o corre(dor)
procurando indecisa
não sabia se esperava o galã da novela
ou o garoto de óculos
da terceira série
Pregou outro bilhete com chiclete de menta
- Por que quase me completo - ao meio.
Saiu correndo dando tchau para o porteiro
esbarrando na senhora com sacolas
pulando as hortências do jardim
e pegou o primeiro ônibus que viu.
E foi vendo pelo olho mágico
que ela se apaixonou
perdida(mente)
por aquele poeta envergonhado.
Amor de passarinho.
Tinha visto o pardal
[na água]
pousa asa
por asa
e lembrou da morena que voou pra longe
volta pra casa
volta pra casa.
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