domingo, 12 de junho de 2011

Tarde infinita



Confundiu-se
abriu um sorriso que não tinha
doou-se sem querer ser minha
fez chover no mês que há muito

não chovia.

Perdeu-se
pintou um azul que não se coloria
fez calor onde era só uma noite fria
e numa tarde de junho você se viu

sózinha.

E eu
esperando esse tempo que não vinha
o temporal que no peito se aninha
quis entender o que eu sabia que não

entenderia.

Joguei-me
no espaço curto de uma doce folia
numa semama que era tudo que eu queria
e hoje o que eu tenho é só vinho e

nostalgia.

Escrevo estas linhas
por quê acordei achando que ficar com você
bastaria.

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