segunda-feira, 1 de outubro de 2012

E é pra ela este poema

E enquanto a gente vai
dentro disso que a gente chama de amor
de Bandeira,
de Neruda
ou de uma música da Marisa Monte 
que aquela sua amiga 
disse que poderia ser a história de nós dois,
eu vou te abraçando de longe,
de marcha em marcha,
curva em curva,

enquanto você vai sendo canção 
no som do meu carro.

Soube bem baixinho que você
disse que eu sou legal,
cool,
hype
e cruzo as pernas de trago 
em trago.
Soube que você espera alguém 
legal,
talvez até como eu
e que quer assistir um filme
de conchinha no sofá da sala.

E enquanto a gente vai se conhecendo
as coisas seguem assim;
tão especiais.

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